(Publicado n"A Baixa do Porto" em 6-04-2005)
Os últimos desenvolvimentos e a minha proposta.
De acordo com as notícias mais recentes, bem como com o comunicado da CMP, parece que, afinal, a solução mais provável será a que prolonga, mais alguns metros, a saída do túnel, para antes do cruzamento com a rua Adolfo Casais Monteiro.
Não sendo, em minha opinião, a solução ideal (já referi que se deveria parar, no Carregal, para repensar e, só então, decidir a melhor solução), penso, ainda assim, que esta será, de todas, a menos má.
Não irei aqui, mais uma vez, "bater no ceguinho" no que respeita a responsabilidades e lamentar que esta solução não tivesse já sido decidida em tempo útil, só não vê quem não quer, por isso, adiante.
Irei, isso sim, pegando na sugestão feita, em tempos, pelo Sr. Tiago Fernandes, propor uma solução, que me parece simples, para o congestionamento (que já existe) no cruzamento em causa.
Naturalmente que não sou especialista em trânsito, mas, mesmo assim, entendo que esta contribuição poderá ser positiva.
Como uma imagem (mesmo fraca) vale por mil(?) palavras, anexo um esquema da solução que me parece mais adequada.
A saída do túnel deverá ficar, não junto ao passeio, mas na faixa junto ao eixo da via.
A rua D. Manuel II, desde o Hospital até à saída do túnel deverá ter apenas uma faixa de trânsito na direcção do Palácio de Cristal.
Em toda essa zona, do lado do Museu o passeio deverá ser, substancialmente, alargado, podendo incluir árvores.
O semáforo do cruzamento deve ser eliminado, pelo menos no que respeita ao trânsito que sai do túnel e ao que circula na direcção do Hospital.
O trânsito que venha pela rua Adolfo Casais Monteiro apenas deverá poder virar à direita.
O trânsito que circula pela superfície da rua D. Manuel II perde, naturalmente, prioridade para o que vem da rua A.C.Monteiro ou, em alternativa, poderá haver um semáforo apenas para esse trânsito (superfície de D. Manuel II e ACM).
Na parte final da rua Adolfo Casais Monteiro, após o cruzamento com a Rua Miguel Bombarda, o trânsito passaria para apenas uma faixa, e o passeio do lado esquerdo poderia ser alargado e/ou criados mais lugares de estacionamento
Penso que esta solução poderia contribuir, decisivamente, para facilitar imenso o trânsito que, pela rua D. Manuel II, se dirige ao Hospital, ao mesmo tempo que permitiria, também, a criação de uma envolvente mais "digna" ao Museu Nacional Soares dos Reis.
Naturalmente que haveria prejuízo para o trânsito que actualmente da rua A.C. Monteiro vira para a esquerda, em direcção ao Hospital, mas existem as alternativas de utilizar a Rua Miguel Bombarda, rua Diogo Brandão, Carregal, caso o destino seja a traseira do Hospital de S. António, ou a rua D. Manuel II, Jorge V. Ferreira, Restauração, caso se dirija à baixa ou à parte fronteira do Hospital.
Como o objectivo do túnel será o de enterrar o tráfico de atravessamento (maioritário) espera-se que o trânsito de superfície seja facilitado, tornando assim viável esta solução.
Não posso terminar sem referir, mais uma vez, que toda e qualquer solução para o trânsito na nossa cidade, apenas funcionará se se verificar um comportamento cívico por parte dos utilizadores de transporte individual, o que, equivale a pedir a Lua.
Enquanto se continuar a verificar a situação caótica dos estacionamentos indevidos em cima de passeios, em segunda fila ou em locais proibidos inutilizando faixas de circulação, com a maior das impunidades e com a complacência das autoridades policiais, não será possível acabar com o caos actual, por mais túneis ou outras soluções que se procurem.
A responsabilidade está nas mãos da PSP, da Polícia Municipal, e, fundamentalmente nos órgãos que tutelam essas forças de autoridade.
Também, nesta área, penso ser fundamental aumentar o grau de exigência da sociedade.
Finalizando, gostaria que, ao menos, esta minha contribuição fosse analisada e, talvez, discutida.
Melhores cumprimentos
António Moreira
Friday, July 29, 2005
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