Friday, July 29, 2005

Srª Cristina Santos

(Não publicado n"A Baixa do Porto")

Peço desculpa se lhe fiz entender que, ao referir a salvaguarda do Museu Nacional de Soares dos Reis, no que respeita ao edifício, às suas colecções e à sua actividade, estava a trazer outra posição à discussão.
Eu estava convencido que esta discussão tinha tido origem precisamente neste facto e que, por isso, nada de novo estava a acrescentar.
Eu estava convencido que esta discussão tinha tido origem no facto de a Direcção Regional do IPPAR, ter emitido um parecer negativo à, mais recente, alteração ao projecto do túnel, pelo facto de a nova saída projectada se vir a situar na área de protecção do Museu Nacional deSoares dos Reis.
Eu estava convencido que esta discussão tinha reacendido, novamente, pelo facto de a CMP, ter discordado desse parecer, apresentando recurso da mesma à Direcção Nacional do IPPAR.
Que esta discussão continue por, agora, a CMP não concordar com a decisão do recurso apresentado e, agora, tentar recorrer à tutela política

Quando apelei a que,"aqueles que, em minha opinião tão ligeiramente, tem exprimido legítimas dúvidas quanto aos "impactos negativos" sobre o Museu, as suas colecções e a sua actividade, que visitem o Museu, dialoguem com os seus Técnicos e, então, talvez possam elaborar uma opinião mais fundada quanto aos diferentes valores agora em conflito (Património,Mobilidade, Fundos) e quais as prioridades a privilegiar."
Estava a pedir que as pessoas procurassem, junto dos Técnicos superiores dessa instituição (e não naturalmente dos funcionários administrativos ou de guardaria) aperceber-se, por si, de quais os valores que, realmente, estão em causa e não apenas a alinhar na cortina de fumo que a CMP tem procurado lançar de forma a criar uma certa "opinião pública"
Infelizmente, pelos vistos, o Sr. Matteo Tiepolo esteve lá perto e não entrou :(
Não sou a pessoa mais indicada, longe disso, para aqui discorrer quanto ao valor patrimonial do edifício, das colecções à responsabilidade do MNSR nem quanto à importância da sua actividade.
Muito menos para, tecnicamente, elaborar quanto à forma pela qual esses valores seriam comprometidos pela solução proposta.
A mau ver, quer o parecer do IPPAR, quer, sobretudo o parecer do Conselho Consultivo, também divulgado, são suficientemente esclarecedores e, claramente, superiores a toda a fundamentação em contrário que, por parte da CMP, tem vindo a ser divulgada ao público (a meu ver apenas generalidades inconsistentes e diatribes).
Embora não concordando com muitas das posições apresentadas por diversos intervenientes neste espaço, estas são claramente melhor elaboradas e superiormente fundamentadas, que todas as posições oficiais da CMP.
Quanto às dúvidas que ainda subsistam, posso apenas renovar o apelo, visitem o Museu.

E, já agora, antes de comprar o móvel novo, pense onde o vai colocar, pense no que vai fazer aos móveis antigos, etc., etc,.

Em resumo
PENSE ANTES !

Melhores cumprimentos
António Moreira

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