(Publicado n"A Baixa do Porto" a 08.03.05)
"... e o Presidente da CMP"
O Túnel
Felizmente a Direcção Nacional do IPPAR não cedeu às pressões e bravatas do presidente da CMP.
Felizmente a Direcção do IPPAR decidiu cumprir com a sua missão de defesa e salvaguarda do Património.
Se o senhor Presidente da CM do PORTO, assim como a maioria dos Cidadãos desta cidade do PORTO, tem, ao longo dos anos e mais uma vez, demonstrado o maior desconhecimento, desinteresse e desprezo pelo seu Património, neste caso o segundo mais importante Museu Nacional, bem hajam então "os Senhores de Lisboa", por terem demonstrado o tal "bom senso" que o Presidente da CMP apregoa aos quatro ventos mas que significa apenas e tão só "o seu senso".
Apelo àqueles que, em minha opinião tão ligeiramente, tem exprimido legítimas dúvidas quanto aos "impactos negativos" sobre o Museu, as suas colecções e a sua actividade, que visitem o Museu, dialoguem com os seus Técnicos e, então, talvez possam elaborar uma opinião mais fundada quanto aos diferentes valores agora em conflito (Património, Mobilidade, Fundos) e quais as prioridades a privilegiar.
O Presidente da CMP
(Que me perdoe o Sr. Tiago Fernandes mas vou falar da "instituição" Presidente da Câmara Municipal do Porto e não da "pessoa" Rui Rio)
A actuação do Sr. Presidente da CMP, nos últimos tempos, a propósito de diversos temas e, atingindo o paroxismo, neste caso do"Túnel de Ceuta", tem vindo, em minha opinião, a ser arrogante, prepotente e grosseira.
Este tipo de actuação e a consequente associação desta imagem à nossa Cidade terá que, rapidamente, ser atalhada sob risco de o Porto passar a ser visto como uma qualquer outra Madeira, ou Marco de Canavezes.
Não é admissível que o Sr. Presidente da CMP continue a apontar "objectivos políticos" na decisão do Ippar do Porto.
Quem é o Sr. Presidente da CMP para acusar seja quem for de "objectivos políticos" como base para as suas decisões?
Não é admissível que o Sr. Presidente da CMP "analise, agora, que a posição da direcção nacional se deve "a constrangimentos de carácter corporativo, de não querer contrariar o Ippar do Porto".
Quem é o Sr. Presidente da CMP para classificar as decisões do presidente do IPPAR de constrangimentos desta ou daquela ordem, quando essas decisões não lhe convém?
Não é admissível que o Sr. Presidente da CMP acuse o presidente do instituto (IPPAR) de falta de "bom senso".
"Percebi que o presidente do Ippar mudou. Deu-me indicações de ia resolver o problema, mas, em vez de ter bom senso, resolveu ficar a meio do caminho".
Quem é o Sr. Presidente da CMP para definir o que apenas o seu "senso" é "bom senso"?
Não é admissível que o Sr. Presidente da CMP culmine com esta pérola da mais elementar grosseria "Todos estes funcionários do Ippar são pagos com dinheiros dos nossos impostos. O País, para avançar, não pode ter gente deste género a trabalhar".
Com que dinheiro é pago o Sr. Presidente da CMP?
Quem é o Sr. Presidente da CMP para opinar qual é o género de "gente a trabalhar" que o País precisa para avançar?
E, já agora, quem é o Sr. Presidente da CMP para nos indicar qual o caminho para "O País avançar"?
Que superior legitimidade entende ter o Sr. Presidente da CMP para entender que "nenhuma outra hipótese que não a da autarquia seja viável" e que "Caso o recurso não seja aceite pela ministra da Cultura, "a obra volta a parar""???
Que me desculpem os que, eventualmente "gostem disto", mas, a meu ver "Isto" é que tem que parar.
Melhores cumprimentos
António Moreira
Friday, July 29, 2005
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