Friday, October 28, 2005

Parque da Cidade no Guiness


SEDE, Outubro 28, 2005

A nova vereação não perdeu tempo e tem já pronta mais uma candidatura ao “Guiness Book of Records”.

Estrategicamente não apresentado durante a campanha, este projecto, que será implementado na ala nascente do Parque da Cidade, em Aldoar, estava já pronto, há semanas, sendo o seu traço proveniente do atelier de uma dupla de arquitectos de “grife” com créditos já bem firmados aquém e além fronteiras.

Desta vez a aposta será em mais um desporto de elites e, mais uma vez, com os menos jovens na mira, dando assim resposta em termos de equipamento ao envelhecimento acentuado que todos os anos vem assolando a população da nossa cidade (e eu que o diga...) .

Assim será agora o Golfe a modalidade escolhida, mas espectacularmente apresentado de uma forma inovadora que, como é timbre noutras realizações desta administração, será olhada com admiração no país e no estrangeiro, estando já assegurado que irá dar lugar a uma nova categoria de recordes no Guiness.

Assim, longe de se candidatar ao recorde do campo com mais buracos, o novíssimo “green” no Parque da Cidade irá inaugurar a categoria de recordes para o campo com o maior buraco.
Esta estratégia arrojada irá permitir uma concentração, quer dos investimentos necessários à sua execução, quer do esforço dispendido pelos seus utilizadores no decorrer do jogo, foi desenhada com o objectivo de colocar o Porto definitivamente no topo como destino de eleição do turismo sénior, podendo, ainda por cima, vir a ser executado a custo quase zero.

Com efeito, e aproveitando o exemplo do Pavilhão da Água, foi já solicitado por Rui Rio a Summaviele, novo director do IPPAR, a cedência para este efeito do buraco edificado na rua D. Manuel II (frente ao Museu Nacional de Soares dos Reis), actualmente na posse do IPPAR e ainda sem destino certo.

Caso desta vez o IPPAR, salienta-se com nova direcção, demonstre o necessário bom senso e respeito pela cidade, que recentemente tem faltado (para o que já foram também solicitados os bons ofícios de sua excelência reverendíssima, o Bispo do Porto) espera-se que possa, desta forma, ser dado o início a uma nova fase nas relações entre a Câmara do Porto e o Instituto.

3 Comments:

Wednesday, October 26, 2005

O Boato








SEDE, Outubro 26, 2005

Para que conste
Para além da minha posição de princípio, não irei votar em qualquer dos candidatos às presidenciais porque:

Nenhum dos candidatos me motiva (como Pintassilgo em 1986).
Não me parece que seja hoje necessário tornar a votar em Soares para evitar a eleição (neste caso) do nauseante Cavaco. (quer dizer, se o Louçã ou o Garcia Pereira, fossem à segunda volta….)
Agora o que já deu para ver é (caso alguém tivesse dúvidas) qual o nível em que os apoiantes de Cavaco vão apostar nesta campanha….
Primeiro foram os terrenos na
OTA , agora o apoio a Paulo Portas, não me admiro pois que, daqui até às eleições, ainda venham a aparecer notícias em jornais brasileiros (ou espanhóis) com o mesmo nível que as encomendadas durante a campanha para as legislativas.
A menos que, ao menos, neste caso sirva a idade para impor algum respeito...

António Moreira

Thursday, October 20, 2005

Onde ?







SEDE, Outubro 20, 2005

No seguimento do “post” anterior, para que alguns se recordem que as verdadeiras lutas travam-se todos os dias e não apenas de quatro em quatro anos….

Avenida dos Aliados
Túnel de Ceuta
Avenida da Boavista
Centro Materno Infantil
Palácio do Freixo
Hospital de São João
Parque da Cidade
Mercado do Bolhão
Parque Oriental

Agradece-se a quem ajudar a completar a lista ( e esta é, apenas, de "lugares", pelo que a pobreza, o desemprego ou a exclusão social, não aparecem....)

António Moreira

Desistir é que é Perder





SEDE - Quinta-feira, Outubro 20, 2005

As eleições autárquicas pertencem já ao passado.


Se os partidos ou personalidades que de alguma forma sentem que as suas posições para próximos combates, foram reforçadas com os resultados destas eleições, tentam ainda prolongar os seus efeitos, já aqueles que sentem o contrário, como o Partido Socialista e o Governo, procuram que, rapidamente, elas caiam no esquecimento.


Para isso torna-se fundamental evitar a referência aos problemas, projectos, ambições ou sonhos que alimentaram uma causa, torna-se fundamental fazer desaparecer rapidamente os protagonistas das “derrotas” e, acima de tudo procurar focar as atenções nos próximos desafios, nem que sejam outras derrotas anunciadas e cavalgar os “fait-divers” da actualidade seja ela desportiva ou de outra ordem.


Se, na vitória, o Partido Socialista tem demonstrado ser um meio pouco recomendável, na derrota torna-se insuportável a constatação da falta de nível da generalidade dos seus dirigentes.

A presença da comunicação social, com todas as suas virtudes e defeitos e, mais recentemente, a liberdade proporcionada pela explosão de “blogs” que permitem que os cidadãos (mais ou menos desconhecidos) possam, sem intermediários e, muitas vezes a coberto de um certo “anonimato”, dizer “de sua justiça”, tem claramente contribuído para um melhor conhecimento da realidade interna dos partidos, com especial incidência no Partido Socialista.

Como alguns dos que me lêem sabem, não sou militante nem votante do Partido Socialista, sendo muito crítico do sistema partidário a que, trinta e um anos de liberdade, permitiram que se resumisse a “democracia” e que, por isso, “milito” a abstenção.

No entanto tenho a consciência plena que nos anos vindouros (e nos que virão a seguir) é este o sistema que continuará a garantir a gestão dos assuntos do estado, independentemente da minha vontade e convicções.

Tenho também a consciência que esse sistema apenas permite a alternância entre dois grupos de interesses organizados sob a forma de “partidos políticos”, o Partido Socialista e o Partido Social Democrático.

Tenho ainda a convicção que (apesar de tudo e de todas as evidências) é, quase apenas, no Partido Socialista onde ainda é possível encontrar algumas pessoas sérias, honestas e (o fundamental) idealistas, por isso, neste momento tão difícil para esses “homens bons” (e mulheres, claro), o meu apelo:

NÃO DESISTAM

António Moreira

Friday, October 14, 2005

Ainda mais Copy+Paste

SEDE, Outubro 14, 2005

Eu sei que alguns (2) não gostam, mas, mesmo esses, tinham descoberto
isto ?

No "Menina não entra":

"
Um tipo porreiro "






Quando Jorge Coelho tomou conta do aparelho, o PS era um partido com grande implantação urbana.

Uma década depois...."

(Ler mais)

António Moreira

Thursday, October 13, 2005

O Túnel de volta

SEDE, Outubro 13, 2005

Afinal o que eu receava não veio a acontecer.

De acordo com as notícias e findo o prazo, estabelecido pelo IPPAR, para que a CMP repusesse a normalidade área de protecção do Museu Nacional de Soares dos Reis, o IPPAR irá então, como é sua obrigação, finalmente tomar posse administrativa da obra.

Não me interessa tornar a discutir este assunto, nomeadamente depois de ter já deixado bem claro o que penso dos que continuam, apesar de todas as evidências, a tentar encontrar desculpas ou justificações para o comportamento ignóbil de Rui Rio, nem que, para isso tenham que denegrir o carácter do Arq. João Rodeia que, no que se refere a este assunto, teve um comportamento a todos os títulos exemplar e a meu ver até louvável.
Lamento que, mesmo após a reeleição de Rui Rio e a substituição de João Rodeia, à frente do IPPAR, o deplorável coro continue.

Para mim, o que é importante agora é verificar qual vai ser o comportamento, neste particular, da Ministra da Cultura, direi mais, o comportamento do Governo de Portugal.

O caso Túnel de Ceuta foi paradigmático para a compreensão do carácter de Rui Rio e, por arrastamento, do carácter da generalidade dos seus apoiantes.

A forma como este assunto venha a ser gerido, pelo Governo, até à sua conclusão, permitirá também tirar ilações importantes quanto ao carácter dos seus responsáveis.

Irei, naturalmente, continuar atento.

António Moreira

O Copy+Paste do dia...


SEDE, Outubro 13, 2005

É com o maior prazer que escolho hoje um texto de Alexandre Burmester (com uma deliciosa imagem), publicado n"A Baixa do Porto".Haverá assim a oportunidade para alguns dos nossos habituais comentadores (anónimos e não só) descarregarem alguma coisita na nossa caixa de comentários ;-)
"Estou em estágio, ..." "... para o próximo mandato"
Tenho andado afastado do blog, quer por motivos de trabalho, mas principalmente porque ainda não digeri os resultados das eleições autárquicas.
Depois das vitórias estrondosas dos populistas e do aval passado ao Rui Rio aqui no Porto, sinto-me pouco “Democrático”.
Afinal temos o que merecemos, como temos a revista “Maria” e a “Quinta das Celebridades” e tantas outras coisas, que só após gerações e anos de educação, poderão fazer susbstituir este gosto rasca popular, por eleitores melhor informados.
Temo que o nosso presidentinho, após aquele discurso cheio de “categoria” na noite da vitória, venha a assumir mais, e à sua escala, o acréscimo de arrogância e prepotência a que estamos habituados."

(Ler mais)

Uma delícia

António Moreira

Wednesday, October 12, 2005

Copy+Paste de hoje ....


SEDE, Outubro 12, 2005


Sabe-se lá porquê, hoje apeteceu-me fazer o Copy+Paste habitual, copiando este bocadinho do Provotar:

"Em minha opinião, os partidos "roubaram" o poder de decisão aos Cidadãos, criando, ao longo dos últimos 31 anos, as condições para que as únicas alternativas de participação dos Cidadãos na tomada de decisões sejam:
A – Votam no partido com o qual se identifiquem ideologicamente, cujo programa lhes pareça mais acertado, cujos dirigentes lhe pareçam mais competentes, ou mais sérios, ou mais bem vestidos, ou , ou, … bem, resumindo, no partido que lhe apeteça.
Vão tratar das suas vidinhas, que já tem quem decida por eles durante os próximos quatro anos.
Entretanto, para se entreterem, sempre podem ver as notícias, indignarem-se e escrever neste ou noutros "Blogs".
Passados quatro anos, sempre podem corrigir a pontaria e votar no mesmo partido, esperando que o partido se "reforme internamente", ou, pode optar por castigá-los, votando no outro (sim, porque, entretanto, já se esqueceu do que disse do outro à quatro (ou menos) anos).
Poderá ainda decidir, desta vez, tomar uma atitude radical, tipo "agora é que eles vão ver" e vai votar num partido dos "outros", podendo então escolher, conforme o lado para onde lhe "fuja a chinela" entre um da direita e dois da esquerda.
Tirando isso, pode votar nos muito pequeninos ou em branco, que é igual, ou então…acha melhor mandá-los todos…… e não pôr lá os pés (que é o que eu faço há mais de 20 anos).
B – Inscreverem-se como militantes de um partido, tendo o cuidado de não se deixar levar pelos programas ou ideologias, mas sim escolhendo um dos que tem regularmente acesso ao poder.
Seguidamente escolher qual das facções internas lhe parece que desfruta de melhores condições para chegar ao poder no interior do partido em que se tenha inscrito.
Então, partindo do princípio que escolheu a facção acertada, deverá utilizar as ferramentas à sua disposição (intriga, bajulação, calúnia, troca de favores, etc.) de forma a, com tempo e sem precipitações, ascender ao círculo restrito dos que tem direito a emitir opiniões e tentar influenciar as decisões.
Após atingido esse objectivo, não pode esquecer que as ferramentas que utilizou (intriga, bajulação, calúnia, troca de favores, etc.) estão à disposição também dos seu correligionários, de facção e de partido, que foram ultrapassados por si e sentem, com toda a justiça, que devem utilizar todos os meios para recuperar a posição a que tem direito.
Por isso, deve evitar a todo o custo ser apanhado com uma ideia original, reservando toda e qualquer opinião, apenas para aquelas alturas em que não possa, de todo, safar-se com uma qualquer generalidade, tendo o máximo cuidado de enquadrar a opinião que tenha que revelar no que lhe pareça a tendência mais consensual e segura.

Continuo a entender que os Cidadãos podem, e devem, reclamar o Direito a Decidir que lhes foi, passo a passo, "roubado" pelos partidos.

Entendo que os actuais meios de comunicação (ler Internet) permitirão potenciar as formas de intervenção que tenderão a "devolver o poder" aos Cidadãos, não se limitando a ser a versão "high tech" de um qualquer "muro das lamentações".

António Moreira