SEDE - Segunda-feira, Dezembro 05, 2005
Ó Avelino
“...Não há poder referendário, casuisticamente popular, pseudo anarquista como aqui o António Moreira…”
Vai interessante a discussão vai, mas não vale chamar nomes, OK?
Eu sei que a atitude cientifica leva a procurar classificar os espécies desconhecidos, de acordo com os grupos já estudados e catalogados, mas, nem sempre se acerta…
Por vezes, quando tantos se debruçam sobre o mesmo problema, há tanto tempo, sem encontrar soluções, deve-se procurar adoptar uma análise não científica para tentar encontrar outros caminhos.
Não é que todos sabiam que o sol girava em torno da terra…
Pois então
Se, na realidade, se pretende discutir sociedade e estado.
Se todos(?) temos consciência de que algo (muito?) não está bem.
Se todos(?) temos consciência de que é necessário “inventar” um novo modelo.
….
Porque teimamos em manter tantos dogmas?
Porque não pomos TUDO em causa?
Porque nos recusamos a discutir algumas “verdades”
Ó arquitectos (sedentos e não só)
Para projectar a forma de urbanização ideal de uma dada área já urbanizada, não será importante primeiro, analisar o que lá está e ver o que se deve manter e o que deve ser demolido?
Então digam-me lá.
(por hoje começamos com algumas simples)
Porque é que se tem que votar tudo num só dia (das 08 ás 19)?
Porque é que se tem que votar exactamente naquele local?
Não se pode votar no Multibanco, na Internet, ou nas máquinas da “Santa Casa”?
Porque é que não se pode conhecer a evolução da votação?
Porque é que a Assembleia da República não pode contratar uma empresa privada (nacional ou não) para assegurar o governo da nação?
E, já agora, porque é que a Assembleia Municipal não pode contratar uma empresa privada (nacional ou não) para assegurar a gestão da câmara municipal?
Porque é que é preciso um Presidente da República?
Não servia o Presidente da Assembleia da República?
E esta para os “liberais”
Qual é a diferença entre o estado e um condomínio?
E entre o estado e a família?
E entre família e condomínio?
Porque é que o princípio de “um homem um voto” é tão cegamente aceite?
Então, no caso de um referendo à IVG, o voto da mãe da Joana (ou do pai da Vanessa) vale tanto como o meu e o seu?
E, no mesmo referendo, os padres (católicos e castos) devem também votar?
E, já agora, os homens?
E, em todos os casos, o voto do “emplastro”, é igual ao do Avelino?
E, já agora, num referendo à regionalização, o voto dos “lisboetas” deve contar?
Para a Cristina:
“…não sei kal o regime ke virá a seguir, não sei eu, nem sabe a minha geração, nos estamos aki apenas a exprimentar ate ao osso o sistema, mas ke ha-de vir um mais evoluido e justo .... não tenho duvidas…”
Não sou assim tão optimista, receio que, se não formos (nós ou os nossos filhos) capazes de “inventar” e implementar o tal sistema mais “evoluído e justo”, serão as vítimas do nosso sistema a impor-nos um outro, duvido que melhor.
Volta e meia lembram-nos isso, com bombas, aviões ou carros a arder, mas nós não ligamos…
E, para concluir por agora, um pequeno exercício de aritmética:
1
1 X 50 = 50
50 X 50 = 2.500
2.500 X 50 = 125.000
125.000 X 50 = 6.250.000
???
António Moreira
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