Friday, February 25, 2005

"Dia da Árvore"

(Publicado n"A Baixa do Porto" a 25.02.05)

Obrigado ao Sr. Alexandre Burmester por continuar a ilustrar a "requalificação"
Tive ontem a oportunidade de ir ver com os meus olhos.
Fantástico !!!!
Apenas umas seis árvores restavam ainda de pé, no troço em "requalificação".
Ao fim do dia por certo a "obra" estava concluída, ou seja:
Entre o Castelo do Queijo e a entrada nascente do Parque da Cidade, foram derrubadas todas as árvores do corredor central !!!!!
Os principais obstáculos que se levantavam às "corridinhas do Sr. presidente" foram derrubados em 4 dias, fantástico !!!!!
As "Associações Ambientalistas" mantém uma posição de absoluta discrição, fantástico !!!!Querem apostar que pouco mais iremos ouvir falar, por parte da CMP e da Empresa do Metro, sobre a linha da Boavista, no decorrer deste mandato autárquico?
Querem apostar que, caso a discussão continue, a sua posição vai ser muito mais flexível e de "procura de consensos"?

Abaixo Assinado:Apesar de não concordar a 100% com o texto, e de descrer absolutamente na eficácia (penso até que poderá ter o efeito contrário, ou seja, demonstrar que, apenas um punhado dos tais "profissionais do contra" se opõe ao projecto) fui, anteontem, assinar o abaixo-assinado, na loja "Kilo Americano" em Antunes Guimarães.

Após as duas assinaturas iniciais (suponho que das proprietárias da loja) a minha assinatura ficou em terceiro lugar.

Não creio que a lista cresça muito mais :-(

Quanto às "movimentações para a liderança do PSD" a que se refere a breve referência, feita pelo Sr. Tiago Fernandes, apenas isto Triste país

Um abraço
António Moreira

Thursday, February 24, 2005

"A participação cívica"

(Publicado n"A Baixa do Porto" a 24.02.05)

Pedindo desculpas por ter, eventualmente, tornado a levantar questões que terão, em devido tempo, sido encerradas, não era minha intenção voltar a este tema, após ter constatado (embora lamentando): "não ser este o espaço, não ser ainda este o tempo".

Gostaria apenas de esclarecer que, quando subscrevi a opinião do Sr. Jorge Mayer, de, para além deste espaço de discussão, ser, eventualmente, tempo de dar um outro passo.

Citando novamente:
"Penso que as ideias e consensos que este e outros blogs de elevado nível têm expressado deviam sair do "virtual" e ter um "braço" actuante junto das instituições desta cidade. Avançando nesta ideia: o problema será encontrar pessoas de valor, disponíveis e consensuais para a formação de um movimento cívico por uma cidade melhor."

Estava, naturalmente, de acordo em que seria este o melhor meio de acrescentar eficácia ao(s) processo(s) de discussão aqui em curso.
O objectivo claro seria o de prevenir a repetição de situações como a presente, na Av.ª da Boavista, em que, independentemente de todas as opiniões expressas, neste ou naquele sentido, neste ou noutros foruns, o "poder democrático" decidiu, eventualmente ilegalmente, de certeza iligitimamente, avançar com a sua decisão e os resultados, conforme o Sr. Alexandre Burmester ilustrou em toda a sua crueza, estão à vista.
(Vem-me à ideia a imagem sorridente dos Srs Rui Rio e Oliveira Marques citando "Os cães ladram, mas a caravana passa")

De forma alguma estava a pensar em qualquer tipo de "associação/movimento" formatada "à partido", como parece ter sido entendido, gostaria que isso ficasse bem claro, para isso já existem partidos mais que suficientes.
Queria agradecer ao Sr. Tiago Fernandes o imenso trabalho e dedicação, inerente à criação e manutenção deste espaço, e, acima de tudo, o exemplo de abertura às mais diversas opiniões que tem demonstrado.
É este exemplo, a meu ver, o responsável pelo inegável sucesso deste espaço, tendo como contrapartida, naturalmente, o inevitável acréscimo no trabalho (não remunerado) necessário à sua manutenção.

Por isso
Mais uma vez, muito obrigado
António Moreira

"Sr. António Lopes Dias"

(Publicado n"A Baixa do Porto" a 24.02.05)

Não estando de acordo, com parte significativa do seu "post", estou contudo, quase plenamente, de acordo com o último parágrafo:

"Não seria melhor responsabilizar as entidades competentes, através de um estudo de impacto ambiental, e lançar um concurso de ideias sobre o projecto de inserção do Metro na Avenida, de forma a compatibilizar os aspectos técnicos, ambientais e financeiros, e depois tomar as decisões, em prol do colectivo?"

No qual, provavelmente, apenas substituindo a palavra "Metro", por "Meio de Transporte Colectivo" se poderia resumir o que a maioria, aqui, tem defendido, em contraponto com o que, na prática a "parceria CMP/Metro do Porto" tem feito.

Melhores cumprimentos
António Moreira

"A participação cívica"

(Publicado n"A Baixa do Porto" a 24.02.05)

Registo com respeito, mas desilusão, a opinião do Sr. Tiago Fernandes sobre este desafio.
Lamento discordar completamente da sua opinião quanto ao papel dos partidos.
Em minha opinião, os partidos "roubaram" o poder de decisão aos Cidadãos, criando, ao longo dos últimos 31 anos, as condições para que as únicas alternativas de participação dos Cidadãos na tomada de decisões sejam:

A – Votam no partido com o qual se identifiquem ideologicamente, cujo programa lhes pareça mais acertado, cujos dirigentes lhe pareçam mais competentes, ou mais sérios, ou mais bem vestidos, ou , ou, … bem, resumindo, no partido que lhe apeteça.
Vão tratar das suas vidinhas, que já tem quem decida por eles durante os próximos quatro anos.
Entretanto, para se entreterem, sempre podem ver as notícias, indignarem-se e escrever neste ou noutros "Blogs".
Passados quatro anos, sempre podem corrigir a pontaria e votar no mesmo partido, esperando que o partido se "reforme internamente", ou, pode optar por castigá-los, votando no outro (sim, porque, entretanto, já se esqueceu do que disse do outro à quatro (ou menos) anos).
Poderá ainda decidir, desta vez, tomar uma atitude radical, tipo "agora é que eles vão ver" e vai votar num partido dos "outros", podendo então escolher, conforme o lado para onde lhe "fuja a chinela" entre um da direita e dois da esquerda.
Tirando isso, pode votar nos muito pequeninos ou em branco, que é igual, ou então…acha melhor mandá-los todos…… e não pôr lá os pés (que é o que eu faço há mais de 20 anos).

B – Inscreverem-se como militantes de um partido, tendo o cuidado de não se deixar levar pelos programas ou ideologias, mas sim escolhendo um dos que tem regularmente acesso ao poder.
Seguidamente escolher qual das facções internas lhe parece que desfruta de melhores condições para chegar ao poder no interior do partido em que se tenha inscrito.
Então, partindo do princípio que escolheu a facção acertada, deverá utilizar as ferramentas à sua disposição (intriga, bajulação, calúnia, troca de favores, etc.) de forma a, com tempo e sem precipitações, ascender ao círculo restrito dos que tem direito a emitir opiniões e tentar influenciar as decisões.
Após atingido esse objectivo, não pode esquecer que as ferramentas que utilizou (intriga, bajulação, calúnia, troca de favores, etc.) estão à disposição também dos seu correligionários, de facção e de partido, que foram ultrapassados por si e sentem, com toda a justiça, que devem utilizar todos os meios para recuperar a posição a que tem direito.
Por isso, deve evitar a todo o custo ser apanhado com uma ideia original, reservando toda e qualquer opinião, apenas para aquelas alturas em que não possa, de todo, safar-se com uma qualquer generalidade, tendo o máximo cuidado de enquadrar a opinião que tenha que revelar no que lhe pareça a tendência mais consensual e segura.

Continuo a entender que os Cidadãos podem, e devem, reclamar o Direito a Decidir que lhes foi, passo a passo, "roubado" pelos partidos.
Entendo que os actuais meios de comunicação (ler Internet) permitirão potenciar as formas de intervenção que tenderão a "devolver o poder" aos Cidadãos, não se limitando a ser a versão "high tech" de um qualquer "muro das lamentações".

Lamento não ser este o espaço, não ser ainda este o tempo.
Um abraço
António Moreira

"Onde está a Autoridade?"

(Publicado n"A Baixa do Porto" a 24.02.05)

Em meu entender a autoridade deverá estar "aqui"!

Quando digo "aqui", não me refiro naturalmente a este, e/ou outros "Blogs", mas sim ao conjunto de pessoas que pensam, se informam, debatem, discutem, participam, em suma, se preocupam com a Cidade.
A grande vantagem da Internet, neste caso por meio de "Blogs", como poderia ser por meio de "forums" (mais directo), foi permitir dar voz e estabelecer o contacto entre muitos que, de outra forma, estariam reduzidos a "desabafar" em família ou entre amigos, sem saber que outros partilhavam as suas preocupações e, como eu, não tinham qualquer forma de participar e tentar intervir na sociedade, neste caso, na Cidade.
Anteriormente (e, infelizmente, ainda agora) a única forma de participação cívica era (ainda é) por intermédio de partidos.
Alguns, como eu, recusaram, pelas mais diversas razões, enveredar por essa via.
Outros terão tentado esse caminho, mas, pelas mais diversas razões, terão concluído que esse não era o caminho correcto e, muito menos eficaz, para uma participação cívica séria e não condicionada aos mesquinhos e voláteis interesses das direcções ou facções partidárias.
Estou plenamente de acordo com o Sr. Jorge Mayer, quando afirma:
"Penso que as ideias e consensos que este e outros blogs de elevado nível têm expressado deviam sair do "virtual" e ter um "braço" actuante junto das instituições desta cidade.
Avançando nesta ideia: o problema será encontrar pessoas de valor, disponíveis e consensuais para a formação de um movimento cívico por uma cidade melhor."

Penso que é tempo de se pensar na criação de uma associação/movimento cívico (sob qualquer forma) que tenha por objectivo congregar aqueles que, neste e noutros "Blogs", tem demonstrado que a discussão sobre todos os assuntos da Cidade não é indiferente a um grande número dos seus Cidadãos, que há quem não entenda como suficiente delegar, de quatro em quatro anos, o seu direito de intervir e decidir, naqueles que os Partidos entendem como mais aptos (ou mais convenientes) para pensar e decidir por eles.
Estou convicto que essa iniciativa congregaria muitos dos Cidadãos que, neste e noutros "Blogs", tem demonstrado essa vontade.
Estou convicto que, em muito pouco tempo, seria possível congregar as vontades de muitos mais, permitindo criar um grupo de pressão com a força suficiente para obrigar os poderes eleitos desta "partidocracia" a sujeitar as suas decisões à real discussão e decisão pública, remetendo-se ao seu real papel de "administradores de condomínio" sujeitos à decisão dos "condóminos" e não mandatados para exercer o poder discricionário de quem não tem que prestar contas, senão aos dirigentes do seu partido.
Faço daqui o desafio directo ao Sr. Tiago Fernandes, não o conhecendo, pessoalmente, caso esteja de acordo e disponível, para liderar este processo.
Este "Blog" (e outros) já iniciaram o caminho, penso que é tempo de seguir viagem.

Fica o desafio (e o apoio)
António Moreira

Monday, February 21, 2005

"Onde estão..."

"... as Associações Ambientalistas?"Quando fazem falta?
(Publicado n"A Baixa do Porto" a 21.02.05)

Então vão começar hoje (se calhar já começaram) a abater as árvores da Av. da Boavista.!!!!
Pretendem ter acima de cem mil pessoas (já falam em meio milhão :O) a espezinhar toda a folha, para assistir às corridas à volta do Parque da Cidade!!!!
Querem construir outro!!!! Viaduto sobre o Parque da Cidade!!!!
Querem destruir o espaço verde do Estádio do Inatel !!!!!
Eu pergunto:
Onde estão as Associações Ambientalistas?
Ou será que isto já não lhes interessa?
Ou será que o Parque da Cidade só interessa antes de "algumas" eleições autárquicas?
Alguém já ouviu (ou leu) alguma posição desses senhores?
Ou sou eu que estou distraído outra vez?
Se assim for peço desculpa.
Quanto à proposta de acção do Sr. Francisco Rocha Antunes:
"Devemos provocar a discussão do assunto das obras que hoje supostamente começam junto dos representantes eleitos. Antes de qualquer acção popular ou pedido de providência cautelar, quem se deve pronunciar sobre o assunto são os deputados municipais do Porto, cuja lista o Alexandre Burmester já aqui colocou, e os representantes dos partidos na Junta Metropolitana, que estão aqui."
Sinceramente, estar à espera que este, ou qualquer outro, assunto possa ser positivamente resolvido por representantes de partidos, parece-me a melhor forma de nada fazer.
E quando sentencia:
"Portanto, é a vez dos Senhores Deputados à Assembleia Municipal do Porto e à Assembleia Metropolitana se pronunciarem. A cidade não perdoaria a respectiva indiferença."
Perdoaria, perdoaria…….
Mesmo a ser verdade, na melhor das hipóteses, nas próximas eleições autárquicas, a cidade votaria noutros (ou seja mais dos mesmos), o mal estaria feito, as contas ficariam para alguém (sempre nós) pagar, e os responsáveis (como sempre) impunes.

Repito:
O crime, quando conhecida, previamente, a sua intenção, previne-se !!!

A única hipótese, nesta altura, parece-me ser, repetindo-me:

"….., conforme refere o Sr. João C. Costa:"Apresentação duma contestação baseada na Lei de Acção Popular, no abaixo-assinado e na falta do Estudo de Impacte Ambiental. Interposição duma Providência Cautelar até à decisão pelo Supremo porque irá de certeza até ao Supremo Tribunal de Justiça) da necessidade do Estudo de Impacte Ambiental"

Infelizmente já não iremos a tempo de pedir ao Dr. Sá Fernandes para se mudar para o Porto, pelo que sinto que estaremos apenas a "pregar no deserto".

Um abraço desiludido
António Moreira

Saturday, February 19, 2005

"É preciso agir, já !"

(Publicado n"A Baixa do Porto" a 19.02.05)

Estando de acordo com as análises dos Srs Tiago Fernandes e João C. Costa, parece-me claro que deveremos agir já e de forma determinada.
Parece também claro que a actuação terá que ser, conforme refere o Sr. João C. Costa:
"Apresentação duma contestação baseada na Lei de Acção Popular, no abaixo-assinado e na falta do Estudo de Impacte Ambiental.
Interposição duma Providência Cautelar até à decisão pelo Supremo porque irá de certeza até ao Supremo Tribunal de Justiça ) da necessidade do Estudo de Impacte Ambiental."
Falta apenas encontrar quem lidere esse processo.
Estou certo que haverá neste forum pessoas com as competencias adequadas (o que não é o meu caso que sou engenheiro mecânico).
Estou certo que haverá neste forum possibilidade de angariar os fundos necessários à acção (naturalmente que estou disposto a assumir a minha parte).
Por favor, quem dá o próximo passo ?

Um abraço
Antonio Moreira

Friday, February 18, 2005

"Metro ou Corridas ?"

(Publicado n"A Baixa do Porto" a 18.02.05)

As recentes notícias sobre a apressada decisão de avançar com a pretensa "requalificação" da Av. da Boavista (arrancar árvores será requalificar ?), apenas entre o Castelo do Queijo e a entrada Nascente do Parque da Cidade, tem sido analisadas e discutidas, fundamentalmente, à luz do projecto do Metro na Boavista.

A imperiosa necessidade da realização de obras de adaptação da Av. da Boavista (assim como da Av. do Parque da Cidade, Rua da Vilarinha, Est. da Circunvalação e viaduto do Parque da Cidade e Rotundas) para que Sua Excelência o Sr. Presidente da Câmara possa realizar o seu "sonho de criança" de ver corridas de carros antigos na Boavista, apesar de ter sido referida a modos de "efeito secundário" é, em minha opinião a verdadeira e exclusiva razão para esta, extemporânea, decisão de arrancar de imediato com esta obra, sem esperar por decisões governamentais nem garantias de financiamento pela empresa do Metro.
Como já referi anteriormente, sendo um grande apreciador de "automobilismo histórico", considero de grande estupidez e irresponsabilidade, o capricho "desta gente" em efectuar este evento, misto de falta de conhecimentos, desonestidade histórica, infantilidade e campanha eleitoral.
A sua importância seria diminuta no entanto, não fosse o facto de ter sido esse capricho, que, claramente, motivou esta "fuga para a frente", que irá fazer com que a discussão sobre o Metro da Boavista se incendeie, ao ser esta decisão entendida como parte de uma política de facto consumado que, quem se opõe ao projecto do Metro da Boavista, não estará, concerteza, disposto a aceitar.
Será aceitável que seja cometido um, eventual, atentado ambiental e urbanístico ANTES de ser conhecido o resultado do estudo de impacto ambiental que, afinal já foi pedido, por precaução, uma vez que o Ministro do Ambiente já vai ser outro?
In JN
"A reabilitação avança sem que o Governo tenha aprovado a execução da linha e sem que o Ministério do Ambiente se tenha pronunciado sobre a dispensa ou não do estudo de impacto ambiental.Uma situação que, em entrevista ao JN em Dezembro do ano passado, o vereador do Urbanismo, Paulo Morais, reconheceu ser "um risco económico calculado".

O CRIME DEVE SER PREVENIDO quando há conhecimento prévio da sua intenção!!!!
Talvez se o risco não fosse apenas económico (o próximo executivo camarário que pague a conta) mas houvesse possibilidade de responsabilizar criminalmente os responsáveis políticos pelos seus crimes, a situação viesse um dia a ser diferente.
O resultado das eleições deste domingo, as suas eventuais consequências no interior do PSD, as, mais do que previsíveis, guerras internas entre Rui Rio e Luis Filipe Menezes pelos despojos do partido, com todas as implicações que isso possa ter para este projecto, são outros factores que poderão vir a pesar nesta balança, mas...
A questão permanece
Seremos só espectadores ou deveremos (e poderemos ?) ser actores ?
Será verdade que estaremos aqui a pregar no deserto ?
(Não fiz, naturalmente, qualquer referência às declarações daquele senhor que manda no metro dado este espaço (e muito bem (?)) pretender manter elevação na linguagem utilizada e, por isso, fiquei sem palavras :D)

Um abraço
António Moreira

Thursday, February 17, 2005

"A «Linguagem»..."

(Publicado n"A Baixa do Porto" a 17.02.05)"

... e «Os factos»"

Apesar de ninguém (muito menos o Sr. Emídio Gardé) me ter pedido para ser seu advogado, e, de certeza saberá responder melhor do que eu, aqui vai a minha opinião sobre a linguagem.

É preciso de uma vez por todas "chamar os bois belos nomes" e, em minha opinião, ao classificar "esta gente" (Autarcas e Administradores) de "Hipócritas, Mentirosos e Prepotentes", este senhor apenas pecou por ser meigo !!!!!
É tempo, de uma vez por todas, de nos habituarmos a classificar os políticos que nos tem (des)governado pelo que eles realmente são, ou seja, em minha opinião(aqui vou generalizar por isso peço o favor de me indicarem um a quem não se aplique, pelo menos, um destes chapéus):
Hipócritas, Mentirosos, Prepotentes, Desonestos, Curruptos, Incompetentes, Ignorantes, Incultos, etc. etc.
Quem tiver uma opinião diferente que esteja à vontade para ir votar!!!!
Quanto aos "Factos" bem, vou-me ficar por aqui, pois entretanto o Sr. Tiago Fernandes já avançou com mais um excelente "post" :-)
Ainda assim aqui fica uma reflexão:
Citando TAF:
"....O executivo ficou na posição do jogador que foi apostar às escondidas no Casino e que já estourou as economias da família.
O que fazer?
Voltar para casa, assumir o erro e trabalhar para recuperar as perdas, ou hipotecar o apartamento e voltar a apostar à espera de um milagre?
Nesta altura a hipoteca parece que já vai em 6 milhões de euros... :-("
fim de citação.

Mas afinal este senhor (Rui Rio) não é o mesmo que se veio queixar da situação caótica, sem tostão, cheia de dívidas e compromissos em que o outro senhor (Nuno Cardoso) lhe deixou a câmara ??????
(Para que fiquem claras as minhas preferências, eu metia estes dois senhores num saco e deitava-os ao Rio (Douro)....bem, pensando mais ambientalmente, optava pela co-incineração).
Desculpem lá ser politicamente incorrecto :-(
O que é que o Senhor Emídio Gardé tinha chamado a esta gente ?????
Torno a dizer, foi muito meigo :D

Um abraço
António Moreira

"Hipócritas, ..."

(Publicado n"A Baixa do Porto" a 17.02.05)

Cito:
"... mentirosos e prepotentes!"(...)Emídio Gardé"fim de citação

Não tive ainda oportunidade de ler a notícia no Jornal, mas....
Afinal não é preciso estudo de impacto ambiental ?
(Será que vão "requalificar" menos de 2000 metros de cada vez ?)
As árvores vão-se embora ?
Não há ninguém no Porto para avançar com uma providência cautelar ?
(Depois queixamo-nos que só há coisas boas em Lisboa)
Afinal a nossa mítica "sociedade civil" só serve para discutirmos os assuntos, sem tirar consequências ?
Quem organiza a defesa ?

Um abraço triste
António Moreira

Friday, February 04, 2005

"Estádio do Inatel, ..."

"... mais um atentado?"
(Publicado n"a Baixa do Porto a 04.02.05)

Peço desculpa por ter estado distraído.
Se calhar a maioria dos Cidadãos tem estado distraidos.
Se calhar é por isso que eles (atentados) se continuam a fazer.
Então agora é o Polo Desportivo de Ramalde, do Inatel, que vai ser destruído ?
Para quem não conhece, trata-se de um espaço verde de grande dimensão com instalações desportivas utilizadas por um grande número de Cidadãos e de Associações populares que, naturalmente não tem instalações desportivas próprias.
Naturalmente, que o terreno é excelente para prolongar a "paralela à Avª da Boavista" e entrar nas "voltinhas à espanhola" com que pretendem resolver os cruzamentos da Boavista (ver metro da Boavista).
Naturalmente que o terreno é excelente para encher de prédios, em vez das árvores que lá estão....
Então fazer prédios em terrenos do Parque da Cidade era mau, mas destruir este grande espaço verde e desportivo de Ramalde já é bom ??????
Onde é que está a seriedade "desta gente" que ocupou os Paços do Concelho ????
O que é que pudemos fazer para evitar mais este atentado ????

António Moreira

Wednesday, February 02, 2005

"Amigos do Automóvel :-)"

(Publicado n"A Baixa do Porto" a 22.02.05)

Caro Sr. Lino Cabral

Não tenho nenhuma oposição, de fundo, quanto ao Metro. (nem ética, nem política nem religiosa :) ), antes pelo contrário.
Quanto ao Metro enquanto meio colectivo de transporte, rápido, eficaz, não poluente e devidamente enquadrado com a Cidade e os restantes meios de transporte.
Posso até acrescentar que a implementação da linha da Boavista, com uma estação praticamente à minha porta, iria (irá?) particularmente trazer-me benefícios acrescidos pois irá permitir uma melhoria significativa das condições em que a minha mulher se desloca diariamente para o seu local de trabalho (em frente à prevista bocarra do "Túnel de Ceuta").
Mas, quando verifico (como o caro Sr. Lino Cabral poderá também verificar pesquisando simplesmente neste "Blog" e em muitas opiniões já publicadas em diferentes meios):
Que a implementação da linha de Metro na Av. da Boavista vai acarretar mais problemas que soluções.
Que a implementação obriga a obras que implicam atentados ambientais e urbanísticos muito graves e alguns irreversíveis.
Que existem alternativas viáveis, mais económicas e que apresentam as mesmas soluções sem acrescentar os problemas inerentes ao Metro, nem implicam os atentados ambientais e urbanísticos referidos.
Que a "teimosia" em avançar com esta solução obedecerá, sem sombra de dúvida, a objectivos que nada tem a ver com os problemas que se proclama estar a tentar resolver…

Então, claramente, sou contra esta solução e a favor de soluções alternativas.

Sou a favor, claramente, da alternativa "eléctricos rápidos", contra a qual o único argumento que vi até agora apresentado, o facto de ter que se sujeitar às regras gerais de trânsito, respeitando sinais e prioridades, o que não aconteceria com o metro, me parece uma objecção absolutamente ridícula, que uma simples portaria municipal permite solucionar.
Esta solução permitiria aliás a partilha do corredor central com o trânsito de autocarros não os paralisando como sucederá quando forem "corridos"pelo Metro, para as faixas laterais (ou o Sr. Lino Cabral imagina que, havendo o Metro, deixa de haver necessidade de as diversas linhas de autocarros transitarem na Avª da Boavista?)
Naturalmente concordo que um eficaz "corredor BUS", nomeadamente no trajecto em que não existe o corredor central, no qual fosse devidamente policiado o comportamento inqualificável da maioria dos utilizadores do AUTOMÓVEL, deveria e poderia ser implementado de imediato e, por si só, resolveria grande parte dos problemas de mobilidade de e para esta(s) zona(s), pelo que penso ser esta a segunda alternativa mais desejável, mas a de mais fácil e rápida implementação.

Concluindo, não enfio o "chapéu" de"Amigo do Automóvel", no contexto da mobilidade urbana, com que pretende catalogar os que questionam esta solução.
Pelo contrário, condeno vivamente a inércia das forças da autoridade (PSP e Polícia Municipal), como responsabilidades claríssimas deste e dos anteriores executivos municipais, na criação de um ambiente de completa impunidade que permite e incentiva o comportamento egoísta, abusivo e completamente incivilizado de uma enorme percentagem dos utilizadores do Automóvel.

Obrigado pela sua contribuição para este debate.

Cumprimentos
António Moreira

"Associações Ambientalistas"

(Publicado n"A Baixa do Porto" a 22.02.05)

O Sr. Paulo Araújo teve a amabilidade de me fazer chegar um comunicado com a tomada de posição das Associações da "Plataforma Convergir" relativamente ao processo da "linha da Boavista" que temos vindo a discutir.
Peço assim desculpas pelo facto de as ter "acusado de omissão e, por arrasto, de cumplicidade com o actual poder autárquico".
Lamentavelmente a visibilidade e divulgação dessa tomada de posição terá sido diminuta, nomeadamente se comparada com outras acções desenvolvidas pelas "Associações Ambientalistas" (perdoe-me utilizar esta designação genérica) relativamente a anteriores ameaças ao Parque da Cidade.

Cito: "Que tais comunicados mereçam em geral pouco destaque na imprensa, correndo o risco de passar despercebidos, não é obviamente culpa das ditas associações."

Aceito o argumento de que a responsabilidade por essa menor visibilidade e divulgação será,concerteza fundamentalmente, dos orgãos de comunicação social.
Mas não se verificará também, eventualmente, um menor empenhamento dessas associações neste caso ?
O que se verifica é que, na prática, a sua mensagem, um único comunicado, não passou de forma eficaz.
Mais uma vez, comparando com anteriores ameaças ao Parque da Cidade, é de sublinhar a discrição na forma de actuar, um simples e singelo comunicado....
Note-se que estou a referir a actuação das"Associações Ambientalistas" (perdoe-me novamente utilizar esta designação genérica) enquanto tal e não, claramente, a actuação de Cidadãos isolados que possam, eventualmente, fazer parte de alguma dessas Associações.
O que é um facto, triste, é que as obras começaram, o arranque das árvores está eminente, a invasão do Parque da Cidade por milhares de espectadores que, provavelmente não o respeitarão, está planeada.
Tudo isto parece já irreversível.
A Cidade mantem-se indiferente, os poucos que se preocupam não parecem capazes de se organizar, de passar a mensagem, de encontrar formas de agir.
Um simples abaixo-assinado ou uma simples questão colocada por um deputado municipal socialista serão suficientes para parar este processo?
Para mim a resposta é clara.
Depois da Av.ª da Boavista "requalificada" o mal estará feito e, depois de o mal estar feito, terá desaparecido, em meu entender, o principal obstáculo, à implementação da linha do Metro.
O Sr. Oliveira Marques até já abriu a porta a alternativas ao viaduto sobre o Parque da Cidade (naturalmente desde que o "affair" Imoloc se mantenha, digo eu, caluniando)

Um abraço
António Moreira

"Distracções..."Estádio do Inatel

(Publicado n"A Baixa do Porto" a 04.02.05)

Meus caros F.Rocha Antunes, Alexandre Burmester e Tiago Fernandes

Obrigado pelos esclarecimentos e, mais uma vez, peço desculpas por andar distraído.

Infelizmente eu, como tantos outros, não consigo "apanhar todas" porque o tempo e a atenção não dão para tudo ao mesmo tempo.
Eu sei que a maioria dos distraidos da "coisa pública" sempre arranja tempo para o futebol, as novelas ou as quintas, mas, felizmente, esse não é o meu caso.
O pouco tempo que consigo para me manter informado e, por vezes, para aqui intervir, é mesmo todo o que disponho :
(Para além do tempo dedicado ao trabalho, que não é pouco, desde que a família aumentou) nunca mais me foi possível estar, fisicamente, presente em qualquer tipo de discussão pública, pelo que a minha, recente, descoberta deste espaço veio abrir uma nova janela, por onde vi que, lá fora, na minha cidade, existem mais pessoas que se interessam, que se preocupam, que querem agir, sem estarem condicionados por coletes ou clubites partidárias.

Por isso mesmo o meu muito obrigado ao Sr. Tiago Fernandes por ter criado e continuar a cuidar deste espaço, mas também a todos os participantes por contribuirem para ir ajudando alguns distraidos a estar mais atentos.

Mas quanto ao atentado:
É já irreversível?
Não há nada que se possa fazer?

Um abraço
Antonio Moreira

"Cidadania, Partidos e..."

(Publicado n"a Baixa do Porto a 02.02.05)

É com grande satisfação que vejo neste espaço a discussão, por parte de pessoas com uma capacidade de redacção muito superior à minha, sobre o que estará mal no nosso sistema de democracia, procurando soluções que permitam corrigir a situação a que se chegou a qual, conforme refere o Sr. Carlos Gilbert, é já, também em meu entender "um beco sem saída".
Gostaria de referir que estou, quase na totalidade, em acordo com o que, sobre este tema foi escrito pelos Srs. Carlos Gilbert e Alexandre Burmester, aos quais, bem como, naturalmente, ao Sr. Tiago Fernandes, sinceramente agradeço por, de forma tão clara, trazerem este assunto a debate.
Este, a meu ver, é o debate que urge fazer se entendemos que é necessário e ainda possível salvar um sistema de organização do Estado em que, efectivamente, o poder seja novamente dos Cidadãos e não da nova forma de aristocracia em que, na prática, se transformaram os aparelhos partidários.
Não vou por agora, por falta de tempo e de talento para a escrita, enumerar tudo o que entendo que é necessário corrigir, muito menos elaborar teorias quanto a quais as soluções que seriam possíveis e eficazes.
Entendo sim que este é o debate que deve ser feito, que, possivelmente, de entre as muitas hipóteses de solução que venham a ser apresentadas, algumas (certamente não as minhas) sejam razoáveis e praticáveis.
Entendo que vai sendo tempo de procurar a forma de forçar os partidos a devolver o poder aos cidadãos, entendo que o conceito de democracia não se pode esgotar no actual sistema de representação via partidos e não posso aceitar a "verdade" estabelecida de que "não existem alternativas".
As alternativas imaginam-se, discutem-se, criam-se.
Um sistema de representação partidária em que o órgão (Assembleia da República ou Assembleia Municipal) que tem por função fiscalizar a actividade do órgão executivo (Governo da República ou Câmara Municipal) se compõe de uma maioria que tem como único objectivo garantir a manutenção do poder e uma oposição que tem como único objectivo conquistar esse poder, para que se verifique a "alternância democrática" é, em meu entender, um sistema falido, um sistema imoral, um sistema que tem que, rapidamente, ser alterado.
Foi referido, pelo Sr. Carlos Gilbert, que "Todo o membro da sociedade civil que tenha votado nas autárquicas não se furtou às suas responsabilidades! Exerceu-as na exacta medida do que lhe foi dado (pela Constituição) e mais não pode fazer…." e, pelo Sr. Alexandre Burmester, "Nas próximas eleições, irei uma vez mais exercer o direito de voto - o BRANCO (nunca me foi possível compactuar com este regime de comadres)".
Aqui sim, tenho que discordar um pouco dos dois, eu não voto, há mais de vinte anos, por entender ser essa a melhor forma de manifestar a minha posição, não aceitando que se entenda que me estou a furtar a quaisquer responsabilidades, antes pelo contrário (aceito, naturalmente, que discordem).
Por outro lado entendo que "mais se pode fazer"
Este espaço e esta discussão são a prova disso, por favor continuem

Melhores cumprimentos
António Moreira